As ilusões óticas são maneiras fisiológicas ou induzidas de iludir através de estímulos visuais a cognição cerebral. Dessa forma, por uma série de fatores a visão fica alterada e envia para o cérebro imagens que serão assimiladas de uma maneira diferente das que são realmente. Assim, cria-se uma espécie de fantasia e a realidade fica deturpada.
Uma das principais explicações para as ilusões óticas está em como nosso cérebro tenta organizar tudo o que enxergamos. Isso porque, tudo o que vemos já está autodefinido dentro da nossa mente, que, apenas, busca referências posteriores àquilo para interpretá-los. Dessa forma, mesmo que exista um desvio de luz ou que uma cor não seja igual ao que estamos acostumados a encontrar, a atividade cerebral irá encontrar alguma lembrança que se assemelhe a essa coloração e irá definí-la. Assim, podemos afirmar que tudo o que passa por nossa visão torna-se fantasioso na medida em que será manipulado pelo nosso cérebro.
Então, quando vemos um desenho em duas dimensões, nossa compreensão daquilo será influenciada por tudo que é tridimensional no nosso mundo. Logo, o nosso cérebro encontrará uma maneira de encontrar relevos, nuances e profundidades, para justificar uma realidade mais perto da que ele está acostumado a interpretar. A partir daí, surge a ilusão ótica, que pode ser acentuada quando se ingere drogas alucinógenas ou estimulada quando enxergamos um desenho que explore as maneiras de se “enganar” o entendimento cerebral.
Além disso, as emoções, os ambientes, por exemplo, fazem com que um objeto, uma pintura, uma cor, jamais sejam iguais para duas pessoas distintas, ou até para o mesmo indivíduo em momentos diferentes de sua vida. Assim como o simples ato de tirar, ou colocar, os óculos pode ocasionar desvios na nossa compreensão do mundo. Por isso, jamais deixamos ter ilusões óticas, o que ocorre é que, quando essas fogem mais da realidade, conseguimos identifica-las mais claramente.